terça-feira, 17 de abril de 2012

Carta da Sociedade dirigida à FNAP (Federação Nacional dos Apicultores de Portugal)

Exº Senhor
Presidente da FNAP

Estando em negociação as verbas da PAC para 2013 e sendo a apicultura uma actividade criadora de riqueza exportável, não havendo apoios específicos para alguns produtos da colmeia procurados nos mercados internacionais, a SAP- Sociedade dos Apicultores de Portugal, preocupada com a situação actual, após diligências efectuadas junto dos seus associados e consultados os apicultores desta associação, recolheu a opinião consensual sobre a necessidade urgente de apoios para as actividades de recolha de pólen e de própolis, pelo que vimos por esta forma solicitar às autoridades competentes, no âmbito da negociação da PAC para 2013, que sejam negociados também apoios nesta área, uma vez que os apoios existentes até ao momento, em cerca de 60%, apenas se destinam a fármacos para o tratamento do varroa.

Sendo por demais óbvia, a necessidade urgente do país de produzir bens transacionáveis que possam ser exportados e, enquadrando-se a produção de pólen e própolis neste âmbito, não há qualquer razão para que nesta nova negociação da PAC, não sejam incluídos apoios aos apicultores portugueses, especificamente para esta área, além dos já existentes para outras finalidades, à semelhança do que acontece noutros países europeus.

Sendo assim, vimos por esta forma solicitar a essa Federação, a sua urgente intervenção junto das entidades competentes para que, ao contrário do que infelizmente já vai sendo hábito , o assunto não fique ignorado.
Com os melhores cumprimentos,

Lisboa, 10 de Abril de 2012


A Sociedade dos Apicultores de Portugal

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Alimento de rainhas....


Geleia real

Neste artigo falamos da geleia real, substância produzida pelas obreiras para alimentar a rainha e de reconhecido valor terapêutico em casos de stress e depressão.
A geleia real é um produto segregado pelas glândulas hipofaríngeas das obreiras e serve de alimento à abelha rainha durante toda a sua vida, larvar e adulta. Pode ser descrita como uma substância cremosa, de aspecto leitoso, fortemente ácida (pH=3.6), com um leve odor pungente e gosto amargo.
É constituída por cerca de 65-70% de água, 4.5-5% de gorduras, cerca de 1% de cinzas, 11-14% de proteínas e 11-16% de hidratos de carbono. A geleia real é caracterizada pela sua riqueza em vitaminas, especialmente o ácido pantoténico-vit B5. Tem um factor antibiótico (ácido 10-hidroxidecenóico), diferente do do pólen, activo contra várias bactérias e fungos.

PROPRIEDADES TERAPEUTICAS DA GELEIA REAL

O uso de geleia real em apiterapia e cosmética é muito diverso. Constitui um importante ingrediente de muitos produtos cosméticos. Considera-se que a acção benéfica que esta exerce sobre a pele se deve às vitaminas que contém, sobretudo ao ácido pantoténico e às hormonas.
A sua absorção dérmica estimula o metabolismo celular, diminui a secura e os edemas, ativa a circulação periférica e aumenta a renovação do oxigénio celular; normaliza o funcionamento das glândulas sudoríparas e sebáceas e ativa a formação e conservação do colagénio.
Estudos científicos, mostraram que a geleia real regulariza o metabolismo, exerce uma ação diurética, aumenta a resistência do organismo às infeções, enriquece a composição sanguínea, regulariza o funcionamento das glândulas endócrinas e utiliza-se com sucesso em caso de arteriosclerose e insuficiência coronária.
Alguns estudos apontam para a existência de hormonas sexuais na geleia real. Injecções de substâncias do extracto de geleia real a ratos (fêmeas) durante cinco dias, provocaram um aumento do peso dos animais e a intensificação da actividade folicular dos ovários. Assim, a geleia real parece exercer uma acção positiva sobre as astenias sexuais.
O uso de geleia real é também aconselhado em casos de fadiga, stress e depressão, pois permite uma recuperação das forças, um aumento do apetite, alegria e uma sensação de euforia.
A sua aplicação parece sortir melhores efeitos nas crianças e nos idosos, não provocando alergia, habituação ou toxicidade. Tem também um efeito positivo nos distúrbios provocados pela menopausa.

CONSERVAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA GELEIA REAL

A geleia real pode ser conservada pura, misturada com mel ou liofilizada. No entanto, devido à sua composição, a geleia real é dificilmente conservada, sendo afectada pelo oxigénio do ar e pela luz. Quanto maior for a temperatura, maiores parecem ser as transformações nefastas. A geleia real pura deve ser guardada em frascos de vidro escuro, ou em recipientes de plástico opaco, hermeticamente fechados, a uma temperatura que ronde os 0ºC. O uso de recipientes de metal não é aconselhado pois os ácidos presentes na geleia real atacam o metal.
No estrangeiro, a geleia real é frequentemente administrada em injeções subcutâneas e intramusculares e por via oral (misturada neste caso com mel e pólen). A via oral não parece ser a mais adequada, uma vez que, o pH do suco gástrico pode tornar inativas as propriedades curativas da geleia real. Assim, a absorção sublingual, na qual uma pequena porção de geleia real é depositada sob a língua, parece ser a mais eficaz; há uma rápida absorção pela corrente sanguínea, sem passagem pelo estômago.
Mais recentemente foi introduzida no mercado a geleia real em ampolas bebíveis, as quais têm obtido grande sucesso, devido à sua facilidade de toma, melhor sabor e fácil conservação. Esta forma líquida permite a incorporação de infusões e extratos de plantas medicinais que complementam as múltiplas ações da geleia real.
As doses diárias aconselhadas variam entre 5 a 100mg de geleia real pura ou misturada com mel e 500-800mg de geleia real pura.
Um tratamento de manutenção utiliza 200mg de geleia real por 125g de mel, enquanto um tratamento de choque usa 1g geleia real por 125g de mel.

Por Cristina Pereira
in: http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Agricultura-e-Floresta/content/Geleia-real-Alimento-de-Rainhas?bl=1&viewall=true#Go_1

terça-feira, 10 de abril de 2012

Mais um artigo de interesse....


Boa noite,

Hoje apresentamos mais um artigo interessante para dar a conhecer aos curiosos pelo mundo apícola.

Wilson-Rich N, Tarpy DR, Starks PT (2012) Within- and across-colony effects of hyperpolyandry on immune function and body condition in honey bees (Apis mellifera). J Insect Physiol; 58(3):402-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.jinsphys.2011.12.020

Resumidamente, neste artigo, os autores, avaliam o efeito da poliandria extrema e a diversidade genética daí resultante na resistência imunitária das abelhas.

"A Apis mellífera tornou-se um sistema modelo para estudos sobre a influência da diversidade genética na doença.
A rainha acasala com um número elevado de zangãos - até 29 - no presente estudo o que produz uma colónia com uma elevada diversidade genética entre as obreiras.
A evidência recente, sugere um benefício significativo na existência de diversidade genética dentro da colónia, no que respeita à resistência às doenças.
Este trabalho explora a relação entre o nível de diversidade genética e os múltiplos mecanismos fisiológicos de defesa imunitária celular e humoral. Também investiga o efeito da diversidade genética numa medida de condição corporal (massa corporal lipídica). Embora fosse previsível que a resposta imunitária e a massa corporal lipídica mostrassem uma relação positiva com o aumento da diversidade genética na colónia, não foi encontrada relação significativa entre a diversidade genética e os indicadores de imunidade e, não foram encontrados resultados consistentes sobre a condição corporal.
Os resultados sugeriram que a diversidade genética, como resultado de poliandria extrema, pode ter pouca influência nos mecanismos fisiológicos do sistema imunitário, para os níveis normais de acasalamento natural das abelhas."

AbelhaSAP


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pesticidas estão a exterminar as abelhas


As colmeias estão a perder população

 Fotografia © Reuters-David Stobbe
As colmeias estão a perder população


Responsáveis por 80% da polinização de plantas agrícolas, os insectos estão a ser mortos por pesticidas comuns, afirmam cientistas que já são contestados pela indústria.

Nas últimas duas décadas, as populações de abelhas têm sido dizimadas por um fator desconhecido, que se suspeitava ser ambiental. O problema tem grandes implicações para a agricultura, já que estes insectos são responsáveis por 80% da polinização das plantas de interesse agrícola. Circularam várias teorias, culpando desde os telemóveis às alterações climáticas, mas dois novos estudos, publicados no último número da revista Science, esclarecem a natureza do mistério: a culpa pertence aos pesticidas comuns e a descoberta já está a causar polémica.

Os insecticidas são usados para proteger as colheitas de insectos nocivos mas segundo um estudo realizado por uma equipa francesa, podem alterar de forma subtil o comportamento das abelhas que saem das colmeias em busca de alimento e sem as quais as culturas estariam comprometidas.

Conduzida por cientistas do Instituto Nacional de Investigação Agronómica, esta investigação consistiu em marcar 653 abelhas com minúsculas identificações rádio que depois serviram para criar um modelo do movimento dos animais no terreno. Alguns destes receberam doses de thiamethoxam e os investigadores constataram que este composto aumentava a desorientação, impedindo muitas abelhas de encontrar o seu caminho para a colmeia.

O estudo britânico, efetuado por cientistas da Universidade de Stirling, foi muito semelhante, mas as colónias foram expostas a um composto também neonicotinóide, mas chamado imidacloropride, que é aliás o mais importante no mercado. O resultado foi semelhante: as abelhas perdiam o sentido de orientação e bastavam pequenas doses de exposição ao químico.

A investigação já tem consequências. O Ministério da Agricultura francês proibiu o pesticida Cruiser OSR, produzido pelo grupo suíço Syngenta, mesmo sem esperar pela confirmação destes dados. Os franceses querem acelerar os ensaios de campo que se debruçam sobre o problema da redução da população de abelhas e a indústria já começou a criticar os dois estudos, contestando os níveis de neonicotinóides que os insectos receberam. 


in: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2392314&seccao=Biosfera



quinta-feira, 5 de abril de 2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Roubo de colmeias....

Roubo de colmeias em Trás-os-Montes


Alguém anda a roubar colmeias em Trás-os-Montes, provavelmente para a comercialização ilegal de abelhas. 
Nas últimas semanas foram roubadas quase duzentas colmeias e são vários os apicultores lesados.

Link:http://noticias.comunidade.com.pt/noticia-detalhe-media.asp?id=417072&t=Roubo-de-colmeias-em-Tr%C3%A1s-os-Montes


9ª Feira do mel...

Já esta a decorrer a 9ª Feira do Mel em Cascais

De 30 de Março a 14 de Abril

De 3ª feira a Sábado

Das 10:00h ás 18:00h


Informações: 214646700.

Organização: Núcleo de Amigos de São Pedro do Estoril 
Apoio: Junta de Freguesia de Estoril 


in: http://agrotecrevista.wordpress.com/2012/04/04/9a-feira-do-mel/

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Pesticidas....


Pesticidas estão a atingir os números de Abelhas-rainha e a mobilidade das abelhas

Alguns insecticidas utilizados regularmente estão a reduzir drasticamente as Abelhas-rainha nas colmeias em mais de uma centena de países.

As populações de abelhas têm sofrido declínios preocupantes em resultado de diversos problemas que têm vindo a ser averiguados e discutidos, mas muitos acreditam que os pesticidas são um problema muito significativo.
Um grupo de investigação no Reino Unido e França sugere, através de um recente estudo, sugere que insecticidas comuns estão a danificar a capacidade de mobilidade das abelhas e a reduzir os números de Abelhas-rainha. Este estudo abordou o efeito dos neonicotinoides, uma classe de insecticidas utilizada nos campos agrícolas e jardins, em mais de 100 países.
Os resultados indicam que estes insecticidas são responsáveis pela quebra de 85% na produção de Abelhas-rainha e que as colmeias ficam com uma produtividade limitada devido à perda de capacidade de mobilidade das abelhas. Este trabalho indica ainda que o declínio das populações de abelhas está a reduzir a produtividade das culturas em muitos países, com elevados prejuízos económicos.
Estes insecticidas são frequentemente aplicados directamente nas sementes e ficam presentes nas plantas ao longo do seu desenvolvimento, acabando por entrar no pólen e no néctar que as abelhas recolhem, sendo assim que são afectadas.
Fonte: BBC

Por Nuno Leitão (02-04-2012) 
em http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Pesticidas-estao-a-atingir-os-numeros-de-Abelhas-rainha-e-a-mobilidade-das-abelhas